TOMMY MOTTOLA CONTOU EM SEU LIVRO QUE O GRAMMY BOICOTOU COVARDEMENTE MARIAH CAREY EM 1996
Tommy Mottola conta no seu livro, sobre a noite injusta de 1996 em que Mariah Carey perdeu todas as categorias dos prêmios Grammy para as quais estava nomeada. O ex-líder da Sony diz:
- "Quando a Mariah perdeu o primeiro dos 6 prêmios para uma banda irlandesa, eu disse-lhe: Ok, não ganhastes este, mas existem as outras categorias para ser anunciadas".
- "A Mariah investiu duramente na canção Fantasy. Na cabeça dela, foi a canção que lhe deu aquilo que ela mais queria - credibilidade no mundo Hip/Hop. Ela estava nomeada para um prêmio Pop Vocal, mas também perdeu para Annie Lennox. Foi muito duro".
- "Às vezes, parece que é cool premiar o underground em vez do mainstream. Parece que querem premiar os pequenos sucessos, em vez dos grandes. Senti que algo estava a se passar ou a ser conspirado. Quando a Mariah perdeu os dois primeiros prêmios, percebi que ela estava a ser claramente boicotada pelos Grammys, a mesma instituição que a havia levado à glória no seu primeiro CD, com a atribuição de 2 troféus".
- "Para se perceber este boicote, é preciso entender quem decide os Grammys. São membros da NARAS - the National Academy of Recording Arts and Sciences. Parecem imparciais mas são muito subjetivos. Os votantes são artistas, produtores e escritores que estão em constante competição uns com os outros. Cada um quer ver a sua criatividade reconhecida, assim como vendas e melhores colocações nas charts".
- "A mensagem que ficou marcada essa noite para a Mariah foi: Podemos levar-te ao sucesso, mas não te esqueças, Princesa da Pop - quando estiveres no topo, nós temos o poder de te puxar para baixo. Queremos essas oportunidades de volta e não vamos dar tudo a ti. Já tens muito sucesso, vamos agora premiar outros".
- "Todos os restantes prêmios foram anunciados e nada foi ganho. Podia sentir a Mariah arrepiada, ao meu lado. Foi muito constrangedor os outros ganharem tudo e as câmeras filmarem-nos de perto só para verem a nossa reação de descontentamento. Disseram-me que a minha cara estava mais triste a cada derrota. Dentro de mim, sabia que me iam atribuir a culpa por isto, ainda que eu soubesse que não passava por mim evitar a situação. Para a Mariah, o resultado daquela noite fracassada era uma guerra contra a grande máquina que a levou a número #1, e o rosto dessa máquina era eu, o homem sentado ao lado dela".
- "A Mariah interiorizou a humilhação e a raiva, assim que voltamos ao Hotel Beverly Hills. Discutimos um com o outro numa noite em que se esperava ser de grandes conquistas".
- "Tivemos que nos dirigir ao after party que a Sony tinha organizado para depois dos Grammys. Como devem calcular, o ambiente era muito pesado. Apesar de tudo, 7 artistas da Sony tinham ganho prêmios e uma grande noite tinha que ser celebrada. Mas, secretamente, pedi a um dos organizadores que removesse os vídeos da entrega dos prêmios de todos os televisores da festa. Pedi para substituirem por vídeos de músicas dos artistas que tinham ganho, só para acalmar a Mariah. Eu nem podia ter pedido este tipo de coisa, mas me senti muito mal por ela".
- "A partir daí, ela tornou-se mais irritada. Eu era a pessoa que estava com ela de manhã à noite. Essa irritação acabou também por caír em mim. Uma manhã, antes de saír para trabalhar, escrevi uma pequena nota para ela e deixei-lhe em cima da mesa. Era de uma canção do Elton John que dizia: Butterflies are free to fly.... / Fly away... . Depois disto, o próximo álbum chamou-se Butterfly".
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